Encerrando nossa retrospectiva com os melhores do ano que passou, listamos abaixo os 10 melhores livros do ano. Este ano li bem menos obras em comparação ao ano anterior, mas a quantidade foi compensada pela característica das mesmas, em sua grande maioria mais grossas e que exigiram um tempo maior de leitura. Mesmo assim, cumpri minha meta de 20 livros e estou finalizando o 21o. nos próximos dias. Separei aqui os dez mais:

Um guia para a criatividade literária.

10 – Como escrever microcontos (Edson Rossatto): um pequeno manual com dicas para aspirantes a escritor ou mesmo para os mais experientes aperfeiçoarem suas técnicas (porque a gente nunca para de aprender). O livro tem uma linguagem bem leve e os exemplos claros do autor passam longe da maçante linguagem técnica de livros especializados, se tornando indicado para qualquer idade e nível de experiência de escrita.

Uma obra cheia de magia!

09 – Magos (Davi Paiva): obra com vários contos que abordam o universo da magia em suas várias vertentes. Tem desde os magos “do bem” até bruxas e seres fantásticos. A temática instigante gerou histórias envolventes e com clima medieval. A variedade de autores nesta antologia, cada um com seu estilo, nos mostra a riqueza que um mesmo tema pode ter em suas diversas abordagens.

Aventura com cara de Sessão da Tarde.

08 – O Gênio do Crime (João Carlos Marinho): Aventura infanto-juvenil com todos os ingredientes que fazem parte do universo adolescente: mistério, humor, amizade, grupo de amigos, futebol, álbuns de figurinhas, escola… Um grupo de amigos que coleciona um álbum de figurinhas de futebol e descobre um esquema de tráfico de cromos difíceis, liderado por um gênio impossível de ser rastreado. A busca por esse chefe do crime organizado das figurinhas provoca muitas confusões e aventura. É o tipo de obra indicada para os não amantes de leitura se apaixonarem pelos livros.

A década de ouro em contos musicais.

07 – Playlist – Vidas em Medley (Leandro Schulai): Segundo volume da série de livros-música, com formato de caixinha de CD e contos inspirados em músicas. Esta edição aborda os anos 80 e, só por isso, já é sinal de qualidade, visto que a década foi a mais rica em questão de musicalidade. A criatividade da obra, tanto em relação à temática como ao formato já é apaixonante. Quando o texto é escrito com leveza e inspiração, tudo fica melhor.

Para salvar a Fantasia.

06 – A História sem Fim (Michael Ende): no ano em que o longa-metragem completou 35 anos de sua estreia nos cinemas (veja nosso post comemorativo aqui), resolvi ler a obra que o inspirou. Um livrão de 400 páginas com detalhes que mostram o quanto a obra é sensacional: cada capítulo começa com uma letra do alfabeto e o texto é escrito em duas cores diferentes, uma para a história de Fantasia e outra para a história real. É bem verdade que, da metade para frente, a história perde o ritmo e se torna um pouco cansativa, mas como conjunto, o livro é maravilhoso.

Uma vida fascinante de fé e amor.

05 – Santa Dulce dos Pobres (Mariana Godoy): O primeiro livro biográfico de Irmã Dulce depois de sua canonização, em outubro. A jornalista Mariana Godoy narra a história da freira que dedicou sua vida aos pobres mas, mais do que uma narrativa apenas, o livro apresenta relatos de pessoas que conviveram com ela e nos provam, mesmo sem mostrar, que Deus é uma realidade, porque não é possível que uma pessoa transforme sua vida e a vida de quem a rodeia apenas por uma ideia vazia. É uma obra inspiradora que nos restaura a esperança.

Quadrinhos em prosa.

04 – Super-Heróis (diversos autores): antologia de contos com a temática sempre fascinante de pessoas com superpoderes em seus trajes coloridos, ajudando no combate ao crime. Apesar das 304 páginas, o livro é de leitura rápida, pois os contos são breves e envolventes. Em sua grande maioria, os contos são criativos e têm o clima das histórias em quadrinhos, o tradicional berço desse tipo de personagens. O que mais chamou a atenção nesta obra foi a visão de futuro de uma autora, que batizou um herói de “Mito”, cuja característica era ser candidato à presidência e sofrer um atentado às vésperas da eleição (detalhe: o livro é de 2013, onde o atual presidente nem cogitava sua candidatura nem tinha o tal apelido).

Um tributo à emissora de Sílvio Santos.

03 – Almanaque SBT: feito para comemorar os 35 anos da emissora em 2016, o livro traz fotos inéditas e raras de todos – todos mesmo – os programas exibidos pela casa com seus logotipos e várias informações técnicas sobre duração e curiosidades de bastidores. Para quem viu a estreia da emissora, em 19 de agosto de 1981, o livro despertou muitas saudades e boas memórias. Uma delícia recordar tudo isso e redescobrir o porquê do SBT ser conhecido como “A TV mais feliz do Brasil“.

Um… dois… Freddy vem te pegar…

02 – Never Sleep Again – A Hora do Pesadelo (Thommy Hutson): uma “bíblia” de 528 páginas com tudo que envolveu a criação do filme dirigido por Wes Craven, que se tornou um clássico do terror e gerou um personagens que entrou para o ranking dos maiores monstros do cinema. Os detalhes de produção, sobre como com pouco dinheiro, conseguiram criar efeitos especiais, cenas e sequências aterrorizantes é fascinante e a apresentação gráfica caprichada do livro, pela Dardside Books, colaboraram para que esta obra se colocasse entre os preferidos do ano. E olhe que o texto é só sobre o primeiro filme, de 1984!

Para ler ouvindo

01 – Jingle é a Alma do Negócio (Fábio Barbosa Dias): a ideia deste livro foi além de apenas apresentar um estudo sobre a estratégia de marketing que reúne música e propaganda para gravar a marca na cabeça do consumidor. Acompanhado de um CD, proporcionou ler e ouvir os mais famosos jingles da História, proporcionando, além da parte informativa, um resgate da memória. A leitura se torna um pouco cansativa na parte que contém as biografias dos autores das pérolas musicais, mas não tirou o mérito do conjunto da obra que tanto pode ser um livro para profissionais da área como simplesmente para quem tem interesse em conhecer a história e relembrar as musiquinhas mais marcantes dos comerciais de TV.

Diário mal escrito.

Micolivro: Em meio a tantas obras bacanas, sempre tem aquela que nos deixa frustrados e que não eram tão boas quanto aparentava – tanto que tem aquele velho ditado, dizendo para não julgarmos um livro por sua capa. O livro O Diário de Rowley – Um Garoto Supimpa (Jeff Kinney) causou uma sensação muito ruim nem tanto pela história, que é tão divertida quanto os livros da série O Diário de um Banana, da qual é derivado. O problema está mesmo na edição, cheia de erros de ortografia e pontuação, nem um pouco condizentes com uma obra destinada a crianças ainda em fase de alfabetização. Se os erros foram intencionais, querendo mostrar a deficiência do personagem com a escrita, ainda assim, é uma técnica despropositada que não cabe num livro infantil. Melhor sorte no próximo volume!

Esperamos que tenham gostado dessa série. Aguarde, para breve, nosso também tradicional Preview 2020, com as principais estreias de cinema para o próximo ano. E que 2020 traga excelentes produções, ótimas leituras e quadrinhos muito divertidos!

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